sexta-feira, 26 de março de 2010

A terça a quarta e a quinta.

Já aqui escrevi sobre a sexta e o domingo. Ainda não escrevi sobre a segunda, mas talvez um dia o faça. Se bem que à segunda já foi dedicada literatura que chegue. Seria escrever sobre o molhado. Por falar em molhado, já está a chover outra vez. Àrrefoda-se!


A segunda é uma merda.


A sexta é um "bom dia!" que realmente se ouve.


O Domingo é bafo a ressaca só curado com o assado no forno ao pequeno almoço. (É o único pequeno almoço em que ganhamos aos brasileiros.)


E então à terça à quarta e à quinta?


1_Hibernamos?
2_Sobrevoamo-los?
3_Passamos ao lado deles a assobiar disfarçadamente?


Eu inclino-me para a terceira. Ou melhor, recosto-me na cadeira para a terceira.


Mas há coisas fantásticas a acontecerem à terça à quarta e à quinta. Senão vejamos...


Acordar à terça significa logo à partida que já não é segunda. E se a segunda é uma merda a terça já nem tanto. À terça, às vezes temos liga dos campeões, outras vezes não...e quanto mais não seja a música introdutória da liga dos campeões é muito bonita e é uma pena que muitas vezes seja o momento alto da noite. (Para quem não sabe, a música introdutória da liga do campeões é de Handel. A obra chama-se Zadock the Priest.*
Passo a trauteá-la:   tututututututu!  tutututututu! and Zadock the Priest...chamchamchammmmmmmm)
Há outras coisas íncriveis que acontecem à terça mas não me estão agora a vir à memória, ou então é a memória que não se está a vir com elas.


A quarta é muito parecida com a terça, no entanto uma pequena subtileza torna-a totalmente distinta. É  o facto de ser a risca ao meio, da semana de dias úteis.


A quarta feira recorda-me o cabelo do Paulo Bento.


Álem do mais, à quarta feira também pode haver liga do campeões.
Muitas outras coisas do domínio do extraordinário acontecem à quarta, mas como este texto não é para ser só sobre as coisas bestiais que acontecem neste dia, não me posso estender demasiado, até porque ainda falta falar sobre a quinta. E a quinta é um leque aberto de possibilidades...






À quinta pode haver taça uefa ou taça da europa, consoante preferirem denominá-la.








* Para quem julga que aqui não se aprende nada... Chupa!!!!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Segunda! Terça! Quarta! Quinta! Sexta! Sábadoooo!...PUM PUM!! Dooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo..mingo!!

O Domingo é um gosto amargo na boca ao acordar, ou todo o contrário e versa-vice ou vice-versa. O Domingo fede a fim do mundo.
Domingo! Oh mar imenso de possibilidades que não passam disso mesmo!...
...porque ou é a pantufa que se torna demasiado aderente ao piso doméstico, ou é a chanata que pesa mais que o costume.
Domingo! ou estás demasiado frio ou demasiado quente caramba!
Domingo!
Vai para o ginásio que estás pesado e gordo como um senhor abade.

Reza a história que ao sétimo dia Deus descansou. Pelas minhas contas o sétimo dia calha ao Domingo. Uma coincidencia que tem que ser mais que uma coincidencia, se bem que se uma coincidencia é mais que uma coincidencia, então pela lógica não é coincidencia. Se até Deus Nosso Senhor descansa ao Domingo, está explicado porque é que ao Domingo não se passa nada. E eu pergunto-me como humilde ateu que humildemente-não aprecia-Papas-que-não-condenam-sacerdotes-que-abusam-dos-seus-pequenos-cordeirinhos...

Se Deus é o Universo inteiro para onde é que ele vai de férias?

Alguns leitores (perdoem-me a presunção de usar o plural na palavra leitor quando nem sequer estou seguro da aplicabilidade do desgraçado singular...)...

...Retomando...
alguns hipotéticos leitores poderão perguntar-me...

Mas és ateu? Não acreditas em nada?

Ao que eu respondo:

...


Domingo penso nisso...


(...sim, eu sei que este post soa a incompleto, mas a verdade é que eu não tenho tempo para estas merdas, da mesma maneira que tu não tens tempo para ler estas merdas.)

quinta-feira, 11 de março de 2010

Sobre o PEC

O Nosso Senhor Governo lançou o PEC (“pugrama” de estabilidade e “crecimento”)


Eu lanço o IQOJAOP! (Íde Quilhar O Juízo A Outro Povo!)

Sei que não fica tanto no ouvido porque carece de simplicidade e musicalidade, mas não consigo encontrar forma de conciliar expressividade sonora com aquilo que realmente representa a sigla em si.

Já o Nosso Senhor Governo fez ao contrário. Encontrou um nome muito musical: PEC (parece nome de cantante de rap). Fica no ouvido e custa pouco a pronunciar. Não é preciso saber ler para conseguir descodificar o significado desses três caracteres que ficam tão bem juntínhos, mas “pôxa”, quando se põe por extenso a sigla PEC (programa de estabilidade e crescimento) vê-se bem que o governo se marimbou para o seu significado em detrimento da sua musicalidade. É que…como hei-de dize-lo…deixa cá ver…senão vejamos…ora bem…começando pelo programa…não é um programa porque não entretém ninguém…antes “al reves”. Em “sigundo” … coisa alguma pode ambicionar ser de estabilidade e crescimento ao mesmo tempo?

Eu aprendi que coisa que estabelece é coisa que deixou de crescer. E que coisa que cresce é porque ainda não estabeleceu.

Governo desgovernado se me estás a ler…escuta…

… eu, como humilde solucionador de problemas a todas as escalas, desde a escala da gaveta desarrumada, até à escala inter-galáctica, fiz-te aqui, totalmente grátis, uma lista de Pogramas que realmente podem mudar alguma coisa, sem que isso implique o terem de nos agarrar de pernas para o ar, agitando-nos da esquerda para a direita até que nos caiam todos os troquinhos dos bolsos.



PPLATDTDTVIPADS (Programa Para Limitar A Transmissão De Telenovelas Da TVI Para Apenas Duas Seguidas)


PPPPQCPC (Programa Para Prender Putas Que Cospem Para o Chão)

PPQOBPBCOCNCM (Programa Para Que Os Bófias Possam Bater Com O Cassetete Nos Criminosos Maus)

PPCDPDBSOMI (Programa Para Controlo Da Proliferação De Blogues Sem O Mínimo Interesse)


PISSALHO (Programa Inovação Siglas Sem ALHO)


PLADUR (marca de gesso cartonado muito utilizado na construção civil)





Hum…hum…

….

….


O Sócras que pense em mais, ora foda-se!


Uma beijoca lânguida e serena para ti.

terça-feira, 9 de março de 2010

Estive fora por motivos técnicos, mas voltei para vos falar de um tema que está por explorar... com a devida seriedade.

A delicadeza deste tema advém exactamente da sua indelicadeza.



Neste meu regresso às lides do tempo mal gasto a escrever sobre parvalheira em geral e estupidez em particular, eis o tema fracturante que urge falar:






Pums.






E quanto a este tema gostaria de pegar o touro pelos cornos, qual forcado lingrinhas e de fatiota amaricada. Assim, começo já por informar o leitor, de uma série de pessoas que ele nunca imaginaria como vulgares fabricadores diários de puns. Tão iguais aos simples transeuntes de vidas banais que somos nós... a gente normal.
Ora aqui vai uma lista forçosamente incompleta de pessoas que também dão puns:






A Angelina Jolie dá puns (...e consta que o marido também).






Carla Bruni e seu amado Sarkozy dão puns sem nenhum pudor (dizem fontes bem documentadas que fazem aguerridos concursos de puns sob os lençois de seda do seu ninho de amor...e puns).






Barack Obama deu um pum para a mão antes de cumprimentar o Berlusconi da última vez que se encontraram. ( Esta é uma teoria minha, baseada unicamente num feeling)






A Charlize Theron, a Gisele Bunchen, a Thais Araújo e a sua prima Sónia dão puns. (Hoje enquanto almoçava e como todos os dias, me deixava inebriar pela beleza da Sóninha, com os meus avós a fazerem ruído de fundo, senti na sua expressão que acabara de soltar, em directo, o mais malicioso dos puns...


Aquilo a que os especialista chamam... O pantufinhas.)



O Zé Sócras, A Manela, o Louça, o Jerónimo e o Portas dão puns.








Leitor que namoras...escuta...




A tua namorada dá puns!


Chegará o triste dia em que um de vós será espectador do pum do outro. Pode até ser que criem um saudável clima galhofeiro em torno disso, mas acreditem que nesse dia estarão a festejar o funeral do vosso casamento, e talvez, o nascimento de uma sociedade que luta em conjunto para definir materialmente o conceito de qualidade de vida, numa inutilidade qualquer. Já que divaguei para assunto tão profundo deixo ao leitor o trabalho de casa de reflectir sobre isto:


Os brinquedos dos adultos são muito mais caros que os das crianças, e entretêm durante muito menos tempo.







Leitor que não namoras, mas estás obcecado com uma Puta-de-uma-anormal, uma vaca que te espezinha com o seu ar altivo e indiferente…queres esquece-la de uma vez?


Então escuta com atenção…


Sempre que ela passar por ti com esse ar altivo, pensa que ela pode estar a vir da casa de banho, porque esteve a cagar. Fá-lo durante cerca de quinze dias e vais ver que é mais eficaz do que aqueles cereais para cagar-certinho. Ela será “flushed away” pelo autoclismo eficaz do teu esquecimento.




O pum é o corpo a suspirar de cansaço, porque mesmo com a mente mais preguiçosa, o corpo continua sempre a trabalhar.


Todos damos pelo menos um pum por dia. É aquele pum matinal que nos enche de alegria logo pela manhã. É o mais sentido e honesto pum que daremos durante o dia. Mais nenhum lhe equivalerá em boa intencionalidade, sinceridade e expressividade sonora. Todos os restantes pums do dia serão dissimulados na nossa rotina apressada e ruidosa que tão bem absorve o pum que não quer ser ouvido. Os restantes pums são como esses alunos que se põem na fila do fundo, para não serem vistos, ou porque são tímidos e inocentes, ou porque são putos malvados que mordem pela calada.


O pum da manhã é por norma, tão farto em decibéis, que não consigo deixar de compara-lo a um diabo que nasceu no ventre do nosso sono, e que caso não o libertemos logo pela manhã, nos quilhará o juízo durante todo o dia.


Há uma coisa muito boa em ser solteiro…é que podemos libertá-lo como ele merece, isto é, com pompa e circunstancia.


Já os namorados ainda enamorados têm que se socorrer de uma quantidade de estratégias para dissimula-lo da melhor maneira, ou então reservá-lo para quando estiverem a entrar para o metro.


Muito mais poderia dissertar sobre pums, porque é um tema pouco explorado com seriedade. Veja-se por exemplo o papel estruturante que tinha nas sociedades pré-televisão. Nesses tempos escuros, as famílias entretinham-se a dar pums. O pai dava pums e toda a família se ria. Todos sabiam reconhecer o pum de cada um. Era como uma segunda voz. Mas isso era antigamente onde tudo era bem melhor e mais saudável. Por falar nisso, Salazar caiu da cadeira porque deu um pum forte demais, projectando-o da cadeira para a morte.


Mas hoje ninguém leva nenhum estudo a sério se no mesmo não constarem “númbaros”, por isso, decidi desbravar caminho e apresentar-vos algumas contas que mais facilmente vos farão perceber a pertinência deste assunto.


Imaginemos um senhor que deu o peido aos 75 anos. Imaginemos que ele era um Sr Scrooge no que toca a dar pums e por isso só dava dois puns por dia (um de manhã e outro antes de ir para a cama). Façamos então a conta:




1 ano= 365 dias


Assim temos,




365 dias x ( 2 pums por dia) x 75 anos= 54. 750 pums/vida.




Se fizermos as contas a pensar numa pessoa normal sabemos que dará uma média de um pum por hora, e chegaremos ao seguinte número:




657.000 pums/vida



No entanto, sejamos honestos. Todos damos pelo menos dois pums por hora. O que nos leva ao seguinte numero:




1.314.000 pums durante uma vida.




E ainda assim penso que estamos a nivelar por baixo, porque enquanto bebés não fazemos outra coisa durante todo o dia, e enquanto reformado a maior parte dos pums caem no esquecimento ou saem despercebidos. Além do mais não existem estudos sobre a actividade flatulenta noctívaga.


Agora sim fico-me por aqui, porque time is Money, e eu nunca conheci ninguém que tenha enriquecido a reflectir e escrever sobre pums, para pena minha.





Cumprimentos cordiais deste vosso estudante das coisas da vida.




P.S. Se pensarmos que libertamos cerca de milhão e meio de pums para a atmosfera durante uma vida inteira, e que esses pums são compostos por metano, matéria essa capaz de se converter em energia, não vos faz isso pensar, que temos uma fonte de energia renovável no nosso próprio cu?






Time is Money, and so a working ass!!


Interpretem isto como quiserem.