segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Caro Amigo

Foi a Vergonha que escreveu este post.

A vergonha impôs-se ao ver que este pobre blogue (como todos os blogues de gente que acha que escreve para caralho mas ao mesmo tempo tem que ser humilde e dizer que o que faz não vale a ponta de um corno, porque em boa verdade até nem vale, e lá estou eu a ser humilde, mais parece uma força invisível que me obriga a escrever aquilo que não quero e é completamente desnecessário, e torna este aparte cada vez menos um aparte e mais um texto dentro de uns parênteses, mas talvez um dia os críticos me aplaudam por ter criado um estilo único de escrita onde os apartes valem mais que o texto em si, e mais uma vez obrigarei o leitor a voltar ao inicio da frase que foi interrompida por este parênteses) era o mais desactualizado na lista de recomendações de um novíssimo e promissor abandonador de um blogue novíssimo e promissor. Os blogues são como pequenos cães fofinhos que se abandonam quando deixam de ser pequeninos e já não são assim tão fofinhos e o cocó se torna muito grande e a paciência para o apanhar diminui consideravelmente e de repente largam pelo e passam a vida a largar-se enquanto dormem e têm sonhos estranhos que os obrigam a fazer sons estranhos que nos levam a deduzir que estão a ter um pesadelo estranho com personagens do Tim Burton à mistura.



Quando criei este blogue era funcionário público. Bom, não era bem isso, era pior. Era estagiário não remunerado na função pública. A necessidade de um blogue neste moldes, tornou-se tão natural como a minha sede…de absinto e cianeto. Por isso compreendo tão bem este novíssimo e promissor abandonador de um novíssimo e promissor blogue. Porque sei que um dia vais estar mais feliz que hoje, e não vais sentir grande necessidade de escrever num blogue, que como sabes não serve para nada, senão distrair-nos um pouco. O que já não é pouco nas circunstâncias em que te encontras. Mas faz atenção amigo, pois a minha compreensão do teu sofrimento não significa que apoie um eventual suicídio teu. Isso passa, vais ver. Demora um bocado mas passa. Entretanto entretém-te. Com coisas e assim.


Quero dar-te um conselho que te vai ajudar muito.


É o seguinte…Quando estiveres a sentir o mais desesperante dos tédios, desses que te apetece partir tudo, faz o seguinte:


“tem calma”