quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O prazer de ser livre e eclético

Jovem...és livre!

Livre de combinar roupa às riscas com roupa às bolinhas, roupa tigrada com roupa zebrada.
És livre para lanchar um cachorro e um galão, um pires de moelas e um chá de cidreira.
És livre de misturar na tua set list, Lady Gaga com Beethoven, Ágata com Chopin. (Estou certo que se darão bem e aprenderam uns com os outros).

Na minha falaciosa opinião, o Homem mais livre e eclético que houve, é o inventor do Sarrabulho Doce. Para quem não sabe, aqui vai a lista de ingredientes:

Mel
Pinhões
Nozes
Pão

e


tcham tcham tcham tcham!!!!


...

Sangue de porco.

Esta receita é um verdadeiro manisfesto de liberdade e ecletísmo. Nada demoveu este Homem de seguir a sua intuíção. Ele tinha um "feeling"... que "tunáitz gonábi a greit naite" e lá misturou o sangue de porco com a restante rapaziada.

Resultado: Um aspecto verdadeiramente nojento, repugnantemente parecido ao vómito de um animal proveniente de um planeta de bichos maus e feios, e ao mesmo tempo "docinho". Muito "docinho" mesmo. De uma doçura que dá cor à alma mais enegrecida.

Jovem...escuta-me... presta atenção...

Não tenhas medo de vestir umas meias amarelo sol-radiante, com umas sapatilhas azul céu-lindo, umas calças verde primavera-viçosa com uma casaquinha amarelo canário-desbotado, por cima de uma T-Shirt vermelho puta-porca.
Nunca ouvi dizer que a natureza não tinha bom gosto e no entanto reparem no arco-íris... "uau!!o arco-íris!!...adoro!é lindo!é uma das coisas que refiro no meu perfil facebook: adoro contemplar o arco-íris!!"
E no entanto... que mistura de cores mais "brega" é aquela. Um arco íris é o planeta Terra a gritar ao sistema solar que é Gay e sem gosto.

Voltando ao tema das riscas com bolinhas...Há muita gente que gosta de fixar regras descontextualizadas e dizer: "Isto com aquilo, NUNCA se mistura". Pois toda a gente diz que não se misturam bolinhas com risquinhas, ou padrões axadrezados com padrões adamados, e no entanto...Hoje saí à rua com uma camisola azul marinho com pintinhas brancas, e uma camisa branca ás risquinhas azulinhas por baixo, umas calças pretas com finas riscas brancas, e umas botas verdes tipo "á-trolha", a rematar. E não é que quando me ví com atenção ao espelho, por volta do almoço, deparo-me com um tipo estiloso, livre e eclético. Gostei do que ví.
Depois também não aprecio gente que tem ódios de estimação do tipo: "Nunca usaría vermelho puta-porca" ou "Nunca usaria coisas brilhantes".
Eu também nunca usaría colecte reflector, e no entanto a isso me obrigaram circunstâncias azarosas. E sabem que mais...
Fica-me bem.

Meninas...dispam-se de preconceitos que eu aconchego-vos.

Cumprimentos lilás e amarelo.

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