domingo, 24 de janeiro de 2010

O prazer de uma avó ver o seu neto já crescidote a comer

     Este é um tema incontornável, porque sinto que quanto a isto não estou só no mundo. Quem tem a sorte de ter avó, ou de já ter tido, sabe do que falo.
     É um daqueles prazeres que caminha sobre a fina corda bamba da frustração. Porque a alegria de uma avó ver o neto a comer, pode ganhar os contornos de uma grande desilusão quando te atreves a dizer que não queres mais. (Isto à terceira pratalhada de massa com batata arroz e feijão).
     Comigo esta frustração é diária porque tenho a sorte e ao mesmo o desafio  de comer todos os dias na minha avó. (Para quem não sabe a minha avó é a melhor cozinheira do mundo, embora nenhum caçador de talentos a tenha empurrado ainda para as luzes da ribalta. De qualquer modo é este carácter underground que lhe dá essa riqueza, porque ela nunca se interessaria em contractos milionários. O único contrato que lhe parece interessar relaciona-se com a felicidade do meu estômago).
     Houve uma altura mais paranóica da minha vida (talvez devido a uma exposição mais prolongada a programas da manhã) em que pensei que a minha avó estaria a fazer a "engorda" comigo para um dia me trasformar em suculentos nacos de carne que venderia num qualquer circuito secreto de comercialização de productos alimentares gourmet (sim!carne minha é gourmet!).
     Mas essa desconfiança foi passando com o tempo. O drama é que eu até me esmifro todo para deixar a minha avó orgulhosa de mim, mas a minha magreza, secura ou na melhor das hipóteses, "elegância", ilude-a, e fá-la sentir-se responsável por isso.

"Não é 'VÓ!!! Sou assim desde "piqueno" e a solução não passa por alcançar a meta da quinta pratalhada de massa com feijão arroz batata e puré com carne."
A solução todos nós sabemos qual é...






casar






Toda a gente era "magrinha como eu antes de casar."




"Eu...António Augusto Santos...aceito-te Maria Alexandra Torcato...como minha esposa...nisto e naquilo...naquilo e nacoloutro..."
Quando por fim, o padre consuma o acto..."blá blá blá...nhé...nhé...nhé...marido e mulher"...o teu corpo de marido incha! o casaco aperta!! e eis que sai um botão disparado do teu casaco contra os dentes do padre.




Nota de pé de post: O padre partiu um dente da frente, mas já lhe tinha acontecido antes, por isso já devia estar protegido contra isso, (não tenho pena nenhuma),  além disso não precisa de dentes para nada porque aprendi na catequese que as óstias não se mastigam, ensalivam-se  na boca, até se desfazerem numa papa sem sabor.


Nota de pé de pé de post: Dói-me a barriga. Acho que comi demais...

2 comentários:

  1. Raul...
    Estava eu tristonha... enrolada em montes de papeis, máquina de calcular e computador... quando... após uma ida rápida ao facebook... me apercebo de um post teu com indicação do teu blog... grande blog...
    Pois senão quando abro este dignissimo blog, no qual, diga-se de passagem, só existem publicações de elevada qualidade... e não paro de me rir... não consigo!!!!

    Um bem haja à tua imaginação... e capacidade de trazer para o lado de cá todas essas "palermices" (no bom sentido) que me fazem proliferar grandes e prolongadas gargalhadas... e me dão vontade de atirar tudo para o ar!!! - bem... pelo menos durante 5 minutos...
    Beijão

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  2. ÉS MESMO CROMO!!! como é possivel tanta imaginação? ADOREI!!! continua por favor, só, para me rir mais um pouco... bacio amico

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